Sinceramente, eu não tenho medo da famosa crise dos 40. Até porque eu já tive uma baita crise quando cheguei aos 30, crise que eu considero insuperável. Minha empresa foi a falência. E tudo o que eu tinha feito desde os meus 12 anos era trabalhar nessa empresa.
Quando eu cheguei aos 30, eu tentei fazer uma retrospectiva sobre tudo o que eu tinha vivido e conquistado até então. E me apavorei. Percebi que eu não tinha o emprego que eu sonhei, não morava no lugar que eu sonhei, não tinha viajado pros lugares que eu sonhei. Me senti frustrado e fiquei mal.
E foi então que entrei na Faculdade de Direito, em Julho de 2007, pouco antes de completar 31 anos. Em 2009 comecei a estudar para concursos e virei corretor de imóveis. Ainda em 2009 passei no meu primeiro concurso e em 2010 tomei posse como técnico técnico da Receita Federal. Em 2011, já com 35 anos, me formei em Direito e passei na OAB. Em 2012 comecei a estudar para concursos que me dessem uma estabilidade financeira.
Em 2013 passei no DNIT para o cargo de Analista Administrativo, em 2014 passei em vários concursos, em 2015 fui nomeado no mês de Junho para o DNIT e no mês de Julho para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal. Em 2016, um mês antes de completar 40 anos, vou ser nomeado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio Grande do Sul.
Mas o mais interessante de se estar chegando aos 40 é começar a imaginar se a gente já chegou na "metade do caminho".Dá pra fazer muita coisa. É legal pensar em tudo o que eu já fiz na primeira metade da vida, mas mais legal ainda é pensar em tudo que eu ainda posso fazer. Pelo menos no meu caso, é uma fase ou momento de otimismo.
Seria chato se eu sentisse que já passei da metade do caminho. Mas, felizmente, eu sinto que ainda nem cheguei nessa metade da vida.
Mas o melhor de tudo é que, quando a gente vai se aproximando dos 40, a gente já não pensa muito naqueles sonhos que não conseguiu realizar. Pelo contrário, a gente enxerga e se contenta com outras conquistas importantes e valiosas que se tornaram realidade na nossa vida.
O que a gente fez de bom até aqui acaba se tornando muito mais importante do que o que a gente deixou de fazer.
Nessa fase, apesar de ainda fazer planos, a gente consegue manter os pés no chão e viver mais o hoje, ao invés de ficar ansioso pensando apenas no amanhã.
Nessa fase, a gente percebe que as coisas mais importantes não são coisas. O mais importante é o amor de Deus, da família e dos amigos.
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