Meu nome é Élisson Dias Dionízio, fiz 38 anos dia (25/09), nasci em Vitória-ES, moro e trabalho na cidade de Serra-ES, me formei em Direito no final de 2012 e há 04 anos sou ATA na RFB.
Terminei o ensino médio em 1993 e fiquei 13 anos sem estudar, apenas trabalhando e, em Junho de 2007, entrei pra faculdade por necessidade financeira, 01 ano depois comecei a estudar para concursos. Tinha uma pequena empresa metalúrgica mas “quebrei”. E para me sustentar trabalhei como corretor de imóveis por alguns meses. Fazia faculdade e simultaneamente, trabalhava e estudava para concursos.
Estudei em escola pública, comecei a trabalhar aos 12 anos (e não me arrependo), minha esposa se chama Marilene e somos casados desde 1996, tenho 02 filhos que amo: Gustavo com 14 anos e Vinícius com 10 anos.
Passei (e ainda passo) por dificuldades financeiras, tendo deixado de fazer alguns concursos por não poder pagar a inscrição de todos. Além disso, não tinha muito tempo para me dedicar aos concursos.
Tentei um concurso para técnico do TRT-ES e fiquei em 1962º entre 27.193 candidatos, mesmo sem ter estudado nada, e vi que 90% dos candidatos não estudavam, por isso perdi o medo da alta concorrência. Depois disso estudei (lendo apenas a “lei seca”) para o concurso de ATA em 2009 e fiquei de suplente (86º entre 12.993 candidatos para 65 vagas), mas fui nomeado dia 20/08/2010.
Me classifiquei no concurso do TRE-ES, MPU-ES, IPHAN-ES mas sem chance de nomeação. Bati na trave no concurso de técnico do INSS-ES (fiz pontuação para passar em várias cidades, mas não na que eu escolhi), tirei boas notas no concurso do TRF-ES, mas não foi suficiente para ser chamado.
Me formei no final de 2012, e comecei a estudar pra valer para concursos de nível superior. Com a ajuda do EVP (Marcondes Fortaleza, Giovanna Carranza, Ricardo Vale, Thiago Pacífico, etc) me preparei de verdade para o concurso de Analista Tributário da RFB-2012, fiquei em 400° entre 89.791 candidatos na objetiva (eram 750 vagas), mas só fiz 60 pontos na discursiva (a ESAF pega pesado nas regras de português) e sai das vagas (fiquei muito decepcionado).
Outra decepção foi o concurso de Analista Administrativo do IBAMA-ES no final de 2013, pois fiquei em 3º na objetiva, mas reprovei novamente na discursiva. Não sabia mais o que fazer, pois eu tinha que estudar muitas matérias e não tinha como me dedicar a um curso de português e de redação.
Mas como nem só de decepções vive um concurseiro, fui aprovado em vários concursos, e estou no cadastro de reserva para Técnico e Analista Administrativo do TRT-ES (208º e 56º respectivamente), técnico do MPU-ES (96º), Analista Administrativo DNIT-ES (3º colocado), Analista do TCE-ES (5º colocado com formação em Direito).
Mas meu foco era a área fiscal, e voltei a me dedicar pra alcançar este objetivo. No final de 2013 fiquei em 241º para SEFAZ-ES entre 2691 candidatos (mas com chances de ser chamado um dia), não sabia nada de estatística, o que me fez perder algumas colocações, mas me sai bem nas 03 discursivas que fiz nessa prova, o que foi um alívio pra mim depois das outras reprovações.
Com a ajuda do EVP e de alguns materiais em PDF resolvi estudar para AFRFB, mas como o concurso ainda não estava aberto, tentei o concurso da CAGE-RS 2014 de olho nas COTAS para negros e pardos, pois aos 37 anos, estudante de escola pública, formado em uma pequena faculdade particular, sabia que ainda não podia concorrer com os feras dos concursos fiscais. Eram 7289 candidatos para 30 vagas imediatas, sendo 05 para cotistas, fiquei em 209º na classificação geral e 15º nas cotas (fui aprovado, mas não sei se abrirão tantas vagas), sendo que antes da anulação das provas de Contabilidade e Matemática Financeira eu era um dos poucos aprovados. Outra decepção, mas desta vez com a banca que causou a confusão (FUNDATEC).
Nessa preparação estudei com o professor Sérgio Adriano e Lucas Salvetti, que me deram uma ótima base para este e para os concursos e aprovações que viriam a seguir.
Prestei o concurso de AFRFB-2014 nos dias 10 e 11/05/2014 e fiquei em 362º ( 544 aprovados) entre 68.540 candidatos para 278 vagas. Estou no grupo dos 50% excedentes e com grandes chances de ser nomeado, pois quase 600 auditores se aposentam esse ano.
Três meses depois, lá estava eu em Porto Alegre para tentar o concurso de AFRE da SEFAZ-RS. Eram 100 vagas, 11.090 inscritos. Fiquei em 88º na classificação geral e em 8º entre os pardos e negros
Em um ano e meio fui “aprovado” em 09 concursos. Posso ser chamado em todos, mas….SEFAZ-RS foi o primeiro dentro das vagas.
Não foi fácil trabalhar e estudar, mas sei que valeu a pena e quero agradecer aos professores do EVP por terem me proporcionado a realização desse sonho.
Para cada concurso um professor foi especial:
Professora Lidiane Coutinho no concurso do MPU.
Giovanna Carranza (sou seu fã) e Rodrigo Rennó em vários deles.
Rogério Renzetti no TRT-ES.
Ricardo Valle nos concursos de ATRFB e AFRFB.
Marcondes Fortaleza (que me mostrou que eu poderia aprender Contabilidade), Lucas Salvetti e Sérgio Adriano nos últimos e melhores concursos em que fui aprovado(SEFAZ-RS e AFRFB).
Thiago Pacífico e Brunno Lima em todos.
Vilson Cortez (SEFAZ-RS) e Gabriel Pacheco que me salvou em TI (SEFAZ-RS).
Não citei os professores de Direito, pois sou formado nessa área e assisti poucas aulas, mas sei que a equipe do EVP é formada por excelentes professores como o Hugo Goes e o Cláudio Borba.
Cada um tem um jeito de aprender e uma facilidade maior em algumas matérias. Nas que eu tinha mais facilidade estudava pela lei “seca” e por PDF fazendo os exercícios ali propostos. Em outras, como contabilidade, auditoria, racíocionio lógico e TI, assisti muitas aulas no EVP. Dependia do tempo que tinha para estudar e da dificuldade que encontrava em aprender sozinho, sem ouvir o professor.
Também tive falta de dinheiro, falta de tempo, mas não desisti…e digo para vocês não desistirem, pois quem persiste consegue.Basta ter fé em Deus e na capacidade que ele nos dá.
Agradeço também a minha família….minha igreja (PIB-SERRA-ES)…..meus amigos…e… principalmente à Deus que me sustenta e me dirige a cada dia.
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. (Eclesiastes 3-1)